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Acordo em Kigali limita a produção de gases poluentes usados em ar-condicionado! pra o uso dos gases ecológicos.

 


Você já ouviu falar dos hidrofluorocarbonos (HFCs)? Essas substâncias são amplamente utilizadas em diversas áreas, como sistemas de refrigeração domésticos, comerciais, industriais e aparelhos de ar-condicionado para conforto e processos. No entanto, é importante notar que os HFCs são fluidos refrigerantes que contribuem para o chamado "efeito estufa".


Devido aos danos ambientais causados pelo efeito estufa, aproximadamente 200 países se reuniram em Kigali, Ruanda, em 15 de outubro, para assinar um acordo que visa reduzir progressivamente a produção e o consumo de HFCs. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), esse acordo histórico ajudará a evitar um aumento de até 0,5 graus Celsius na temperatura global até o final do século.


Durante a conferência em Kigali, os países acordaram um cronograma para atingir as metas estipuladas. O Brasil, como país em desenvolvimento, fez parte do acordo e comprometeu-se com o seguinte cronograma:


Anos 2020, 2021 e 2022: Congelamento da produção e consumo.

Ano 2024: Congelamento.

Ano 2029: Redução de 10%.

Ano 2035: Redução de 35%.

Ano 2040: Redução de 40%.

Ano 2045: Redução de 80%.

É importante destacar que o acordo será revisado a cada cinco anos para considerar possíveis mudanças tecnológicas que possam impactar o mercado.


A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) comemorou o Acordo de Kigali. A entidade representa setores que geram bilhões de reais em faturamento anual e centenas de milhares de empregos no Brasil. A ABRAVA acredita que os prazos estabelecidos no acordo darão tempo suficiente para orientar o setor e os consumidores sobre as novas tecnologias já em uso no país.


Além disso, a ABRAVA enfatizou que as indústrias de ar-condicionado e refrigeração já estão colaborando com o governo brasileiro no Plano Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorocarbonos) e HFCs, que juntos representam a maior parte do mercado nacional. O objetivo é substituir esses fluidos refrigerantes por alternativas de baixo impacto ambiental, como hidrocarbonetos, CO2, amônia e HFOs (hidrofluorolefinas).


É importante ressaltar que os HFCs, como R134a, 410A, 404A, 438A e 407C, ainda poderão ser usados por pelo menos mais 15 anos, garantindo a estabilidade do mercado enquanto novas tecnologias são desenvolvidas, sempre visando a melhor relação custo-benefício.


Paulo Neulaender

Vice-Presidente de Meio Ambiente da ABRAVA

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